terça-feira, 28 de junho de 2011

A MÃO DE DEUS CONCERTA ERROS DAS MÃOS DOS HOMENS - 7º CAPITULO

A MÃO DE DEUS CONCERTA ERROS DAS MÃOS DOS HOMENS

A amizade já bem consolidada entre os amigos Tony e Rudolf, em vezes e outras eles marcavam uma confraternização em companhia de suas namoradas.Em uma dessas vezes Deborah comentou do sucesso que Tony estava obtendo em sua nova vocação, aliás, vocação que descobriu quando sentiu na pele a força do perdão. O amigo de hoje, o doutor Rudolf esteve em suas mãos para ser socorrido, mas seu egoísmo o fez negligenciar sua misericórdia ao seu próximo, porem sem rancor nenhum o hoje bem sucedido médico já nem se lembra mais do passado e também faz questão de esquecer o sofrimento vivido naquele episódio.
Tony depois de algum tempo se dedicou a salvar vidas, agora recém formado em medicina, ainda estava à procura de ocupar seu espaço em alguma clinica ou hospital.
Rudolf teve a brilhante idéia de indicá-lo para uma das vagas onde ele atende, aliás, bons médicos sempre estão em falta, embora Tony precisasse ganhar experiência, se trabalhassem juntos a chance de se tornar um grande médico assim como doutor Rudolf, seria maior !
Para Tony e Deborah seria o ano mais feliz de suas  vidas, pois o casal havia combinado que quando Tony se formasse e estivesse exercendo sua vocação, casariam.
Aquele encontro entre os dois casais estava cheio de surpresas, pois Aline e Rudolf já estavam com data agendada para seu casamento e o motivo de estarem juntos comemorando era justamente por conta da alegria de anunciar que gostariam de ter Deborah e Tony como seus padrinhos no casamento que aconteceria em seis meses.
No caso de Tony a felicidade estava sendo triplamente comemorada, o término de sua formação como médico, a indicação para trabalhar no hospital com o renomado doutor Rudolf e o convite para ser padrinho de casamento de um amigo.
Aquele dia se passou e logo Tony já estava atendendo pacientes sob a supervisão do doutor Rudolf. Dois meses se passaram e Tony a exemplo do amigo médico se dedicava em pesquisas e especializações e áreas especificas da medicina.
Doutor Rudolf tinha uma cirurgia marcada para dois dias depois, na realidade seria um transplante de rins que a vários meses o paciente estava na espera por um doador compatível, como a rejeição era eminente quando o doador não tivesse nenhum grau de parentesco, um dos dois irmãos, inclusive o mais velho deles se colocou a disposição do doente e todos os exames de compatibilidade foram realizados.
O dia chegou, o paciente devidamente internado e levado para a sala de cirurgia e em um quarto o irmão dormia a espera da retirado de seu rim, tudo isso acompanhado pelos parentes do doente que se revezava em cuidar do doador e do doente.
Tudo pronto para o início do transplante, um enfermeiro foi até a sala onde sedaria o doador, lá estando, encontrou dormindo profundamente num divã ao lado da maca de sedação. Pediu auxilio a um colega e confortou o doador sobre a maca e fez todo o processo,  sedou e colocou a maca na posição onde os médicos imediatamente começariam a extração de um de seus rins que seria repassado ao doente. Pouco tempo depois o rim estava sendo levado para ser transplantado no paciente que já estava com a incisão à espera do órgão.
Enquanto a equipe do doutor Rudolf estava finalizando com sucesso o transplante, a outra equipe transferia o doador para uma sala de observação, por onde se ouvia um grande burburinho que vinha da sala de espera onde os parentes do doente e do doador se agitavam.
O doutor Rudolf foi avisado que os familiares estavam impacientes, foi até eles para tranqüilizá-los. Chegou até a sala onde ocorria o burburinho, falou a eles que o transplante foi um sucesso, que o doente aceitou bem o órgão e que dificilmente haveria uma rejeição, não corria perigo e logo poderia ser visitado, também o doador esta ótimo porém ainda sedado, assim que acordasse poderiam vê-lo.
Tão logo o doutor terminou de falar, foi advertido por um dos parentes que retiraram o rim da pessoa errada, o irmão que seria o doador sentiu uma disfunção intestinal e ficou horas no banheiro e quem acabou doando  era seu irmão que estava acompanhando o procedimento e  dormia de cansado no divã, alem disso ele não havia passado por nenhum tipo de exame preliminar para saber se era compatível ou não !
Pasmo com tudo que ocorreu, o doutor Rudolf exclamou tranqüilizando a família:
Deus escreve certo por linhas tortas, pois nunca viu um transplante correr tão bem sucedido e com tamanha rapidez como esse e os pacientes responderem positivamente aos procedimentos cirúrgicos! 

Autor: Jose Venuto

segunda-feira, 27 de junho de 2011

ARREPENDIMENTO - 6º CAPITULO

ARREPENDIMENTO


Doutor Rudolf recebeu uma ligação telefônica no finalzinho da tarde daquela sexta feira, era uma mãe desesperada, pois sua filha de doze anos estava se sentindo muito mal, ela não tinha como se deslocar até o hospital para ser examinada, então a mãe apelou para o bom coração do médico.
Sem esperar muito tempo, o doutor anotou num rascunho o endereço onde estava a menina e juntou alguns de seus objetos necessários para um socorro, colocou tudo em uma mala e saiu em disparada na intenção de parar o primeiro taxi que passasse a sua frente.
Na esperança de chegar o quanto antes, doutor Rudolf esperava o taxi sem sucesso e viu que um carro estava parando na calçada próximo de onde ele estava, aproximou-se do motorista e contou que precisava socorrer uma mãe que estava desesperada com sua filha muito mal, mas o motorista alegando que a tempos ele não tinha uma tarde de sexta feira para se divertir, só estava parado ali, aguardando uma pessoa que ia sair com ele para curtir a tarde livre. O médico agradeceu a atenção e voltou a esperar o demorado taxi.
Para tristeza ainda maior do socorrista , a pessoa que chegou para a diversão do motorista sem coração, era simplesmente a jovem Stefani, a estagiaria de enfermagem. Doutor Rudolf, quando viu a sena balançou a cabeça negativamente como se reprovasse a situação e para sua sorte logo apareceu um taxi, ele passou o endereço ao condutor e pediu que pilotasse o mais rápido que pudesse, pois se tratava de um socorro urgente a uma menina enferma.
O taxista tão logo soube para onde ia, tentou fazer o itinerário mais curto para o percurso.
Pouco mais de meia hora foi o que o motorista gastou para chegar ao endereço, bem rápido o médico enfiou a mão ao bolso para pegar o dinheiro para pagar a corrida, mas gentilmente o taxista surpreendeu o doutor, e disse que não era preciso pagar, era sua contribuição para salvar uma vida, e recomendou para que o médico recuperasse a saúde da garotinha e o desejou boa sorte. O doutor agradeceu e foi logo para o atendimento.
A mãe já o aguardava e antes que ele tocasse o interfone, ela já abriu a porta e em seguida o levou até o quarto, onde a menina estava inerte.
Doutor Rudolf já havia atendido a garotinha outras vezes no hospital e ao tocar no rostinho dela teve o primeiro diagnósticos nas mãos, a febre estava alta e abriu a boca da paciente percebeu que pelo seu alto e a alta febre, sua garganta estava muito inflamada.
Ele a medicou e tentava tranqüilizar a mãe, o medico não podia fazer mais nada a não ser esperar que o medicamento fizesse o efeito. Ele disse a mãe que ficaria ali até que a menina acordasse, assim ele poderia realizar mais exames.
O tempo passou e quatro horas depois a menina reagiu ao medicamento, ela acordou já sem febre, porem com dificuldades para falar. Doutor Rudolf prescreveu antibióticos para tratar a inflamação e bastante repouso, a mãe agradeceu ao médico o seu pronto atendimento e estava o acompanhando até a porta, ela viu seu marido chegando e já  ia colocar o carro na garagem, então ela o pediu que levasse o médico de volta ao hospital.
O doutor Rudolf se encaminha para chegar até o carro, mas derrepente fitou o motorista e o reconheceu, era o mesmo que havia negado uma carona para que ele fosse socorrer sua paciente. O médico se aproximou do veículo e disse ao motorista, “não precisa se preocupar em me levar de volta ao hospital , minha pressa acabou, pois já realizei o socorro que precisava ser feito a sua filha”!

Autor : José Venuto

terça-feira, 21 de junho de 2011

MEDICOS TAMBEM AMAM - 5º CAPITULO

MÉDICOS TAMBÉM AMAM

Depois de algum tempo que o doutor Rudolf  se firmou como médico, sua amizade com Tony e Aline foi cada vez mais se estreitando, freqüentavam os mesmo lugares, alguns amigos eles tinham em comum, dentre esses amigos, o médico foi apresentado a Deborah, uma moça bela, porém de saúde frágil, mas muito alegre e cheia de energia e que transmitia uma paz fora do comum para quem com alguns males em seu organismo, aliás doença que nenhum médico conseguiu diagnosticar corretamente, deve ser por isso que a bela jovem chamou tanto a atenção do doutor Rudolf.
O doutor sempre muito atencioso com qualquer paciente, redobrou sua atenção e seu carinho por Deborah, ele se interessou profundamente pelo caso da moça, quis descobrir o que acontecia com a saúde da jovem, assim lhe fazia constantes visitas em sua casa e ela ao hospital onde ele exercia seu talento medicinal.
Doutor Rudolf  entrou de corpo e alma numa pesquisa que o levasse a ter respostas que ajudasse a linda Deborah a ser uma garota saudável.
Obteve autorização do hospital para utilizar-se de todo e qualquer aparelho que pudesse ajudar a descobrir qual era o mal que sofria Deborah a linda moça. Também obteve o auxilio de outras equipes medicas em exames específicos, tudo afim de chegar a um diagnostico.
Depois de inúmeras tentativas com exames em aparelhos sofisticados, finalmente o doutor Rudolf parecia ter encontrado o real problema de saúde de Deborah e com seus amigos médico já sabiam o que e como iriam proceder no tratamento que iria livrar a amável e doce Deborah do constante sofrimento que a incomodava dia após dia.
Era necessário que a moça ficasse internada e isolada por algum tempo, assim poderia ser acompanhada a todo momento a eficácia do tratamento adotado pelo doutor Rudolf.
Vários dias se passaram e o resultado não estava sendo satisfatório, mas o médico não desistia, ele estava dedicando sua carga horária a todos os pacientes do hospital, porém ao fim do seu expediente diário, sua atenção era cem por cento em prol de  Deborah, fato esse que fazia crescer dentro de si um afeto diferente. Com o contato o doutor já não tratava mais de uma simples paciente e sim de uma paixão. Deborah também já não se sentia como uma pessoa comum para o doutor Rudolf, eles já se olhavam diferente, os olhos de ambos tinham um brilho pouco comum para pessoas normais.
Mas o profissionalismo do médico não o deixava ir além, mesmo que dois corações trocassem sinais visíveis de paixão um pelo outro, o respeito e a ótima conduta não iria ser esquecida dentro do ambiente profissional que envolvia a paixão do casal, mas nada impedia que o médico tratasse com muito carinho sua paciente preferida.
Em fim o tratamento começava a dar resultados, Deborah sentia o amor pulsar dentro de si, não demorou mais nem uma semana, ela estava totalmente curada,  os medicamentos ministrados com uma grande dose de amor, levou ao sucesso o tratamento usado pela equipe do doutor Rudolf. Deborah experimentou de tudo antes de ser tratada pelo medico, houve vezes em que a melhora era comemorada, porem não demorava muito e Deborah voltava a sentir-se mal novamente, esses momentos de instabilidade em seu quadro de saúde nunca a abalou, ela tinha fé e esperança que algo novo na medicina iria lhe proporcionar a cura definitiva. Esse algo que faltava era justamente o amor !
Tão logo voltou para sua casa, imediatamente recebeu a visita de seu médico, que pode declarar seu amor e confessar que não havia feito antes por estar num lugar onde tinha que exercer seu dom com amor, mas que o amor que ele tinha dentro de si já não era mais de médico para paciente, mas um amor de homem para uma  mulher !
  
Autor: José Venuto

segunda-feira, 20 de junho de 2011

AS VOLTAS QUE A VIDA DÁ - 4º CAPITULO



AS VOLTAS QUE A VIDA DÁ


Mais de um ano passou depois de Aline ter sofrido aquele acidente que quase lhe tirou a vida, então tudo seguiu seu curso normal; assim como todo pequeno riacho segue rumo a um grande rio que se despeja na imensidão do mar, da mesma forma aconteceu com Aline e Tony, o amor do casal aumentava a cada dia, a tendência que o romance culminaria com o enlace conjugal, embora não tivesse comentado seus planos com ninguém, mas esse desfecho era notório, não havia ninguém que duvidasse disso.
Doutor Rudolf ganhava cada vez mais notoriedade no hospital onde trabalhava, cujo local serviu para que ele fosse determinante para salvar a vida de Aline e se tornando amigo assíduo da família da moça.
O médico reforçou seus conhecimentos em varias áreas da medicina, se tornando especialista em traumas e fraturas, mas era pouco, ele nunca estava satisfeito em ser catedrático numa só área; participava de simpósios, procurava conhecimentos em vários tipos de moléstias, estava sempre usando procedimentos inovadores em seus pacientes.
Aquele hospital já não comportava a expansão do medico estrangeiro, que um dia chegou quase sem vida para ser atendido no setor de urgência. Ele havia sido resgatado na fronteira e estava decretado que, se o soldado Rudolf sobrevivesse a tantos ferimentos, alguns já até necrosando, seria levado para cumprir pena como inimigo invasor de fronteiras, mas ele respondeu bem ao tratamento médico e também recebeu muito carinho, aos poucos reagia bem e ia findo mais saudável e próximo de ser preso; conforme sua saúde estava sendo restaurada, o então soldado revela que antes de ser convocado pelo exercito de seu país, estava exercendo seus primeiros meses de medicina, embora ainda não tivesse se fixado como médico em seu país gostaria de ajudar aos profissionais do hospital onde estava sendo tratado, desta forma pagaria pelo tratamento recebido de pessoas tão dedicadas.
O diretor daquele hospital tomou conhecimento da situação de Rudolf, procurou as autoridades que o detinha como um prisioneiro de guerra em recuperação de saúde, e intercedeu pelo rapaz. Aos poucos o soldado deixa de ser inimigo para ser anjo amigo !
Com o tempo o diretor conseguiu a liberação de Rudolf, deixando sua situação totalmente legal, até decidiu-se não voltar mais para seu país, mesmo porque lá ele não havia deixado familiares, por ter sido criado em um orfanato, que não o fazia lembra-se de coisas boas.
Pois, antes sem lar agora um cidadão naturalizado, estava muito feliz com tudo que a vida estava lhe presenteando.
Viva sorrindo para todos, tratava muito bem seus pacientes, estava ganhando prêmios por descobrir novos métodos de tratamentos.
Rudolf, uma semente que esteve prestes a morrer numa fronteira que veio germinar no jardim dos que lutam pela vida.
Se uma semente precisa cair na terra, morrer para depois germinar e dar frutos, assim o tempo fez com o órfão Rudolf.
 
Autor:  Jose Venuto

O REMÉDIO QUE FAZ CHORAR - 3º CAPITULO

 O REMÉDIO QUE FAZ CHORAR

Aline continuava sob cuidados especiais, ainda não podia contar com cem por cento de sua saúde, por isso era cercada de muito carinho familiar, o afeto do apaixonado Tony e o respaldo profissional do agora amigo e médico Rudolf, este muito empenhado em restabelecer logo a vitalidade da jovem Aline.
A moça, por recomendações do doutor Rudolf, não podia deixar o hospital até que estivesse totalmente recuperada, só assim ele poderia acompanhar sua dieta e ministrar os medicamentos, desta feita, o dedicado médico.
Aos poucos Aline ia ganhando mais confiança em recuperar sua saúde e estava bem perto de deixar o hospital, retomar sua vida de onde parou, embora cercada de muito carinho de todos, o longo período em um quarto de hospital já estava a deixando cheia de tédio, contudo a jovem estava sempre muito bem humorada e praticando toda a paciência que lhe era peculiar.
Tony vivia a expectativa da alta médica de sua namorada, contava nos dedos as horas, minutos e segundos o tempo que ainda restava para levar sua amada para casa, apesar, de que não era só Tony que aguardava ansiosamente para levar Aline para casa, seus pais andavam de um lado para outro, num misto de angústia e alegria, afinal, a moça era querida por todos e sua falta era sensivelmente sentida por amigos e vizinhos e todos estavam na torcida para recuperação de Aline, sua volta era esperada, onde todos queria demonstrar a sua imensa amizade e afeto que nutrem pela moça.
Era comovente aos olhos de toda a equipe que cuidava de Aline, médicos e enfermeiros acompanhavam a aflição das pessoas que esperavam pela saída de Aline e sua volta para casa sã e salva.
Doutor Rudolf resolveu fazer os últimos exames para ter certeza de que a jovem estava realmente preparada para deixar o hospital.
Submetida aos testes e aos exames específicos, o médico chegou a conclusão que Aline poderia finalmente ir para sua casa e juntar-se aos amigos e parentes, principalmente aos seus queridos pais e seu apaixonado namorado, assim seguir em frente com sua vida, trabalhar, passear e fazer tudo que fazia antes do acidente, estava pronta para ir embora para sua casa; Aline recebeu flores da equipe que esteve o tempo todo dedicando seus préstimos ao restabelecimento, foi abraçada por cada um deles, muitas lagrimas de alegria rolaram pelos rostos felizes.
Doutos Rudolf chamou reservadamente os pais de Aline e algumas recomendações lhes prescreveu, embora a jovem estivesse bem, o medico recomendou que levasse para casa um medicamento que somente seria usado se Aline se sentisse mal e reclamasse de muitas dores em seu corpo, principalmente onde estivesse as marcas do trauma. O remédio também foi recomendado no caso de novas fraturas não só da moça, mas quem necessitar, isso claro que, usado dentro do prazo de validade prescrita.
Já nos braços de Tony e muito feliz, Aline agradeceu ao amor dedicado a ela, com isso seus pais mostraram o medicamento recomendado pelo doutor Rudolf à filha. Tony pegou a embalagem do remédio, imediatamente ele chorou ao reconhecer, que, o tal medicamento era o mesmo que sua mãe o deu para que servisse em caso de traumas quando esteve defendendo as fronteiras de seu país !


Autor: José Venuto

quinta-feira, 16 de junho de 2011

O PERDÃO SEGUIDO DE UMA BOA AÇÃO -2º CAPITULO

 
O PERDÃO SEGUIDO DE UMA BOA AÇÃO 
Depois de algum tempo, Tony já refeito de sua decepção pessoal consigo mesmo, começa a viver sua vida normalmente, voltou a freqüentar suas baladinhas com seus amigos, jogar seu futebol aos finais de semana e paquerar como qualquer rapaz de sua idade.
Em uma de suas paqueras, conheceu Aline, jovem linda que por sua exuberância era difícil passar em qualquer lugar sem que chamasse a atenção das pessoas, sejam homens ou mulheres, mas a beleza da moça não era o seu único predicado, meiga, extremamente delicada, muito humilde e fiel a qualquer amizade, alem da simpatia que lhe era peculiar, Aline se portava bem em qualquer ambiente, sempre bem acolhedora e também extremamente afetuosa, menina para nenhum rapaz encontrar defeitos, foi amor na primeira paquera.
Logo deixou de ser um simples caso e se tornou amor verdadeiro, Tony não conseguia mais ficar longe de Aline e a moça correspondia em gênero numero e grau todo afeto do rapaz.
A felicidade dos pais e parentes de Tony era igualmente parecida com a alegria dos familiares de Aline, o casal realmente nasceu para viverem suas vidas juntos para sempre, essa era a aposta de ambas as famílias, desde o dia em que se encontraram.
Aline era tudo para Tony e ele era tudo na mesma medida para ela, embora não fazia muito tempo que o casal havia se conhecido, porém o convívio perfeito dava aparência de um relacionamento antigo, um romance lindo de se ver.
Mas como um dia cantou um cancioneiro popular: “neste mundo o perfeito não tem vida”, por descuido de um motoqueiro, ao atravessar o semáforo ainda vermelho, não percebeu que um casal passava pela faixa de pedestre, era justamente Tony e Aline, a moto em alta velocidade atingiu em cheio o tronco da moça, arrancando-a das mãos de Tony e a lançando no asfalto. O motoqueiro não foi mais visto, pois uma multidão se formou em volta do casal, felizmente com o rapaz nada de tão grave aconteceu, mas Aline prontamente foi recolhida pelo resgate e levada a um hospital mais próximo do local do acidente.
Enquanto a namorada era examinada, Tony em lágrimas rezava para que a vida de sua amada fosse poupada. Algum tempo depois, Tony e os pais de Aline foram chamados, para que alguém desse noticia do quadro de saúde da moça. Um médico entra porta adentro, antes que ele dissesse qualquer palavra, Tony fitou os olhos no doutor, que fez a mesma coisa e disse: “eu te conheço, nós já nos vimos”, o rapaz sem resposta pronta só o remorso da lembrança que lhe trouxe a tona, a imagem do soldado adversário que convalescia sem sua ajuda, quando o médico se apresentou ficou ainda mais claro, pois seu sotaque era de um estrangeiro.
Mais uma vez Tony chorou muito quando o doutor disse que a vida da moça estava fora de perigo, o rapaz que outrora fora negligente com o próximo, agora, lhe agradeceria pela vida de sua amada!
 

Auto:  Jose Venuto

quarta-feira, 15 de junho de 2011

AS LAGRIMAS COMO PEDIDO DE PERDÃO - 1º CAPITULO


 AS LAGRIMAS COMO PEDIDO DE PERDÃO

Na eminência de ter que partir para uma batalha para defender seus país, Tony já nem dormia mais, tamanho era seu medo de ser convocado, mas a mãe de Tony o confortava sempre que o rapaz entrava em desespero por conta da noticia publicada em jornais locais: “jovens entre 18 a 25 anos de idade, poderão ser convocados pelas forças armadas para partir em defesa às fronteiras da nação e proteger nossa população “.
O temido aconteceu, Tony teve seu nome relacionado entre o contingente de defesa de sua pátria!
Sua mãe cuidadosa como qualquer mãe, deu a seu filho querido um remédio e o recomendou que, se ele sofresse qualquer ferimento, seja ele a bala, ou ataque animal ou de qualquer tipo de trauma, o garoto deveria usar, o remédio seria de grande valia, era quase que uma porção mágica da mãe para preservar sua vida.
Partindo para a fronteira, Tony não esquecia as palavras de sua mãe e suas recomendações quanto ao uso do remédio, tanto que ele espalhou em todos os bolsos de suas vestes, pequenas porções do remédio, assim não demoraria muito a achá-lo se necessário fosse. Dias e dias se passaram e felizmente o rapaz não corria nenhum risco, ele rezava muito e contava também com as intercessões de sua sempre alerta mãezinha e amigos.
Isolado e sem ter nenhum tipo de contato com amigos nem de sua família, a saudade apertava-lhe o peito enquanto a batalha entrava em seu oitavo mês, estava se aproximando o tempo de Tony voltar para casa, pois a guerra perdia força e caminhava para uma trégua, a paz estaria sendo negociada entre as nações em conflito.
O rapaz não via a hora de sair daquele lugar, cujo medo e o pavor estava estampado em seu rosto, era visível para os combatentes e seus lideres que Tony não conseguia ficar tranqüilo mesmo sem correr qualquer tipo de perigo; mesmo assim o remédio que a mãe lhe havia dado, não saiam do seu alcance.
Em fim chega o dia do retorno para casa, porem antes a tropa teria que fazer uma ultima varredura nos limites das fronteiras, ação preventiva e nada mais.
Feito a varredura, Tony voltava ao posto, para finalmente tomar o rumo de casa, o rapaz escuta gemidos bem baixinho, como se fosse alguém sentindo muitas dores, porem sufocava os gemidos para que nenhum inimigo ouvisse. Tony resolveu investigar, encontrou um soldado adversário agonizando, com muito sangue por todo o corpo, imediatamente ele se lembrou do remédio que a mão lhe deu e suas recomendações, que o remédio deveria ser usado em qualquer tipo de trauma.
Inesperadamente, Tony virou as costas e com o pensamento de economizar o remédio para sua necessidade, deixou o soldado abandonado a mercê de sua própria sorte nos arbustos onde o encontrou, e nada contou a ninguém.
Dois dias depois, já a salvo no seio de sua família e festejando com todos os amigos e parentes, num momento a sós com sua mãe, ele devolve o remédio e ela agradece a Deus, pois seu filho não precisou fazer uso do medicamento!
Então sua mãe pega o remédio e manda que ele o jogue fora, pois a validade do remedia tinha vencido a dois dias atrás.
Copiosamente Tony chora, lembrando-se que teve a oportunidade de usar o remédio e não o fez, agora o remédio não servia para mais nada e quando poderia ter sido útil, seu egoísmo foi maior que sua compaixão! 


 Autor: José Venuto





terça-feira, 14 de junho de 2011


Amor sem covardia

Numa colônia de camundongos, um deles era extremamente feliz, isso mesmo, vamos viajar pelo mundo da fantasia e conhecer a história de um ratinho muito satisfeito com a vida, embora apresentasse em sua anatomia física uma deficiência, esse ratinho não tinha sua cauda completa, faltava mais ou menos oitenta por cento de seu rabo, membro que torna um camundongo orgulhoso.
Não é um membro que só tem a função de deixar os ratos mais bonitos, mas a cauda tem funções importantes na vida de um ratinho, o comprimento do rabo de um rato lhe dá equilíbrio, velocidade e agilidade em suas caçadas e investidas.
Você deve estar se perguntando: “mas se o camundongo falta parte do seu rabo, porque ele é tão feliz?”. A colônia de pequenos ratinhos como de costume todas as noites saiam de suas tocas para caçar e conseguir alimento, pois bem, numa dessas noites os ratinhos foram surpreendidos por um enorme bichano, que apareceu para cumprir sua função de gato, “exterminar ratos”, foi àquela correria, os camundongos se espalharam por todo lado, o gato não sabia para que lado da casa fosse. Muitos dos ratinhos conseguiram fugir e voltaram para suas tocas, mas parte deles ficaram sem opção para onde fugir; o gato, malandro e muito esperto conseguiu encurralar um pequeno grupo de camundongos, o bichano ia ficar duplamente realizado, ia comer e saciar sua fome, enchendo sua barriga e ficar muito prestigiado com seu dono, pois enfim, estava cumprindo seu papel de gato, acabando com os ratos. Mas um dos ratinhos que já estava a salvo e muito bem abrigado em seu esconderijo, contrariou seus amiguinhos que também já não corriam nenhum perigo de serem devorado, corajosamente ele chegou por trás do gato e chamou a atenção para si, para que os ratinhos encurralados pudessem fugir. Ele conseguiu, o gato ficou incomodado com sua petulância e partiu em sua captura. Neste caso a correria teve outro rumo. Enquanto isso o restante deles voltaram para a segurança da colônia, de barriga vazia, porem feliz, pois estavam a salvos. O ratinho herói ainda estava em apuros, corria muito, dava voltas, fazia curvas e o gato cada vez mais perto, até que o camundongo avistou um pequeno buraco na parede, mas infelizmente não deu tempo, o gato conseguiu abocanhá-lo antes que ele alcançasse totalmente o buraco, mas o ratinho não seria um herói se fosse o jantar daquele gato, o ratinho esperto deu um salto para fora da boca do gato ficando com sua vida, porém sem grande parte de seu rabo.
Mas o fato de permanecer vivo e ter conseguido preservar a vida de seus amigos o faz ser festejado por toda sua colônia, fez com que ele fosse o orgulho de todos os amigos, que de certa maneira lhes devia a vida !
Bem essa é a historia de um ratinho que abdicou de sua vida em prol de muitos !
O amor ao próximo não precisa ser colocado a duras provas, mas sempre que alguém precisar de você, não seja covarde !


Autor: José Venuto

AMOR PERFEITO

 Amor perfeito

Toda manhã uma janela se abria em um dos sobrados lindos que havia bem perto do lago conhecido como riacho das carpas.
Assim que o sol nascia e se mostrava, logo começava a aquecer a relva e as flores juntas às margens do riacho das carpas, borboletas plainavam sobre as lindas flores que pareciam agradecer pelo carinho das mariposas, toda a espécie de pássaros se fartavam com pequenos insetos que se juntavam na grama, até pequenos colibris enfeitavam aquele pequeno paraíso.
Aquela janela era sempre a primeira a se abrir, uma jovem linda super alegre, fazia questão de desejar um bom dia aos pássaros, borboletas, insetos e animais que sua vista poderia alcançar.
Num certo dia um rapaz que parecia passar ali pela primeira vez, parou para ouvir a voz que vinha daquela janela, estático ele fitou seus olhos em sua direção e vislumbrou uma beleza que ornava com a paisagem do local no rosto daquela donzela. Era a jovem que do alto do sobrado correspondeu aos olhares do rapaz, o moço como se fizesse parte do contingente do qual a moça desejava bom dia, responde-a e desejou a ela um bom dia igualmente, trocaram alguns sorrisos inocentes e o jovem continuou sua caminhada e a moça não conseguiu afastar-se da janela até que o rapaz desaparecesse com a distância.
Um amor platônico nascia a partir de então, a jovem achava impossível ser correspondida, até porque ela só podia mesmo chegar até a janela, pois não tinha como sair do sobrado, por outro lado o rapaz também teve aquela visão incomodando por muitos dias. Diferente de outros jovens da mesma idade, a estes faltava coragem para se aproximar um do outro, porém o motivo da moça de não se aproximar do rapaz era mais forte, aquela donzela cujo as pessoas que passavam sob sua janela, não podiam perceber, que a jovem vivia sobre uma cadeira de rodas, para quem a avistava ela era perfeita, pois viam só a parte superior do seu tronco.
Ela tinha sonhos como qualquer moça de sua idade e casar-se era um deles, ela não se achava incapaz para isso, só tinha que aparecer alguém que pudesse acreditar em sua capacidade de ser dona de casa e gerar filhos. Mesmo apaixonada pelo rapaz que sempre passava sob sua janela ela mantinha seu coração em silêncio, não perdia a esperança e continuava dando vazão ao seus sonhos, pois o que ela não podia com pés e as pernas, ela tornava praticável com mãos e braços.
Numa manhã, ela fora surpreendida antes de abrir sua janela, sua mãe bateu a porta de seu quarto e entrando junto com sua mãe, o seu príncipe encantando a pegou em seus braços e a ajudou se acomodar em sua cadeira e a janela fora aberta, desta vez pelo rapaz, que não se espantou nem ficou espantado com a condição física da moça, ela ainda continuava linda e perfeita aos seus olhos, pois o amor que bateu à porta de seu coração foi arrebatador e para testemunho do amor perfeito, os jovens se casaram meses depois, e hoje já na faixa etária dos setenta anos de idade, com três filhos, inúmeros netos e alguns bisnetos contam sua história aos descrente no amor !
Autor: José Venuto

segunda-feira, 13 de junho de 2011


 Coragem e perseverança


Rafael, jovem determinado a contribuir com seus esforços para que a juventude não se escravize no mundo das drogas, dava sua contribuição aconselhando amigos, colegas e vizinhos, levando a eles mensagens que os ajudam a não aproximar-se do vício ou livrar-se dele.
Mas como tudo que é esforço alheio para uma boa causa é perseguido, não era diferente com Rafael. Num cair de tarde já quase noite, o jovem voltava para casa, e no meio do caminho percebeu um grupo de garotos se agitando como se fossem se drogar, porém, Rafael viu mais uma oportunidade de usar suas palavras e seus bons exemplos para tentar convencer aqueles jovens a não irem a diante com uma atividade que não ia lhes trazer beneficio algum, e cheio de coragem se embreou junto a eles, falava, gesticulava e nada adiantava, todavia ele não desistia !
De repente uma correria frenética se instalou em meio ao grupo, os jovens infratores se dissiparam ao som e ao brilho do griroflex de uma viatura policial que se aproximava. Rafael não saiu de seu lugar, como quem não deve também não se deve temer, permaneceu no local até ser abordado pelos policiais, no entanto estes sem nenhuma indagação e com muita violência recolheu o jovem para ser ouvido na delegacia.
Rafael seguro de que, iria conseguir se explicar e ser liberado em seguida, não ofereceu nenhuma resistência em meio a xingos, socos e pontapés !
Apresentado ao delegado, sujo, cheio de hematomas e com as roupas rasgadas, mas manso e humilde e com poucas palavras ele esboçou sua defesa, mas para sua surpresa, a autoridade do local nem quis o escutar e deu ordens para que o levassem direto a uma sela !
O jovem começava ali viver um pesadelo, a noite deu lugar à madrugada e logo raiou o dia e Rafael jamais perdeu a paciência e a coragem que lhe acompanhava quando enfrentava os perigos dos becos escuros e gente desconhecida para levar sua insistente mensagem de sobriedade.
Mesmo perseguido, os bons que perseveram, a justiça tarda, mas não abandonam os que a merecem; chegou à delegacia um jovem, que era um daqueles que, na noite anterior estava com o grupo que teimava em não dar ouvidos a Rafael, se comoveu com a situação do rapaz e de espontânea vontade, pediu para falar com o delegado que, infelizmente não era o mesmo que havia ordenado o encarceramento de Rafael, mas ouviu atentamente ao delinqüente, que com muita coragem assumiu ser um viciado que não agüentava mais ouvir Rafael dizer que droga não leva a nada, que a vida tende a encurtar se o vicio não abandonar. O jovem testemunhou ao delegado que Rafael naquela noite estava simplesmente tentando ensinar o grupo a se desfazer de um vício que destrói , derruba e mina as forças que temos para lutar e construir um futuro.
O delegado entendeu que Rafael não era viciado, nem delinqüente, mas sim era um jovem consciente, e que acabava de realizar um milagre, conseguiu que um jovem enxergasse que realmente o uso de drogas se combate com coragem, bons testemunhos e muito carinho !
Rafael ganhou de novo sua liberdade, agora com mais um jovem  aliado e tinha proteção policial para levar seu carinho a jovens viciados e o mais importante não estava mais sozinho nessa batalha pela vida sóbria e que valia a pena viver !



Autor: José Venuto  

sexta-feira, 10 de junho de 2011

NAMORADOS





Namorados

Você pode ser romântico ou romântica, você pode ter namorado ou namorada, você pode estar apaixonado ou apaixonada, você pode ter um amor correspondido ou escondido, você pode estar casado ou casada, você só não pode esquecer que dia dos namorados são os trezentos e sessenta e cinco dias do ano, e que o amor deve durar para sempre, portanto o dia doze de junho existe só para você homenagear o seu apaixonado ou apaixonada !
Escreva para ele ou para ela, cante, mande flores, presenteia ou simplesmente diga “EU TE AMO” , mas faça o valor do seu sentimento ser maior que o valor do presente que ela ou ele possa te dar. Esqueça nesta data o sentimento materialista e demonstre com o brilho do seu olhar que o amor é mais importante que qualquer bem material !
Coloque em prática seu carinho, seu afeto e sua amizade, dê a ele ou a ela motivos para sorrir, se alegrar e se emocionar. Seja importante para ele ou para ela todos os dias de sua vida, seja fiel, seja, cúmplice de uma história para vida toda, valorize a menor das ações dela ou dele.

Comparo você a uma rosa, linda e cheirosa e com pétalas sedosas
Aliás, com você nada tem comparação aos meus olhos apaixonados
Nada me chama tanta atenção, nem mesmo as estrelas numerosas
Pode as canções inspirar-me, até me deixar mais embalado
Porém, sou o mais feliz dos homens por ser seu eterno namorado !
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FELIZ DIA DOS NAMORADOS




Autor: José Venuto

AMIZADE E A TATUAGEM


Amizade e a tatuagem

Kaio tentou por muitas e muitas vezes interromper uma aventura do amigo Celso, vejam só: Celso tinha em sua cabeça a idéia fixa de tatuar o nome de uma garota que ele havia conhecido a mais ou menos quatro meses. Kaio não achava a idéia muito boa e deu inúmeros motivos pra que o amigo não fizesse a tal tatuagem. Sendo o melhor amigo de Celso se achou no direito de tentar convencê-lo a não ir enfrente com essa aventura de jovem. Kaio não sabia como explicar, porem algo dizia que o amigo não deveria fazer aquilo.
De tanto insistir, Celso resolveu deixar a amizade de lado e contrariando promessas antigas, de que jamais deixariam qualquer problema entre eles acabar com a amizade, que, aliás, vale ressaltar que vinha de longas datas, quando ainda eram alunos do jardim de infância. Vez ou outra; Celso defendia Kaio dos seus erros imaturos e Kaio fazia o mesmo por Celso. Realmente uma amizade que parecia ser difícil de ser esquecida.
Mas não seria pelos simples fato de uma tatuagem, não era por questão de preconceito que Kaio queria fazer o amigo desistir. Um sentimento apertava o coração de Kaio, era algo que ele não conseguia expor com clareza a Celso. Por outro lado a namoradinha do amigo achava a prova de amor espetacular e estaria do lado do namorado mesmo na ausência do amigo. Indicado por um colega, Celso foi ate o ateliê de arte tattoo. Estava decidido, o nome da namorada ficaria exposto em seu pescoço em forma de tatuagem. Kaio não teve mais nenhum contato com o amigo, somente recebeu a noticia que um erro fatal do tatuador havia lhe tirado a vida. Sem explicação a caneta (agulha) do artista perfurou acidentalmente sua artéria. Kaio nunca mais se recuperou do trauma e não se conforma de não ter conseguido explicar ao amigo o sentimento que havia em seu peito pedindo que impedisse Celso de morrer. Amizade interrompida por teimosia!

Autor: José Venuto

quinta-feira, 9 de junho de 2011

A VIDA VALE MAIS QUE QUALQUER BEM


Só a vida vale à pena proteger


Um casal de classe média alta, muito se amava e por um longo período não conseguiam traduzir seu amor em frutos, mas nunca perderam as esperanças de um dia poder gerar um rebento e concretizar o sonho de quase todos os casais do mundo inteiro.
Ambos muito dedicados uns ao outro e sem deixar de lado suas atividades profissionais que, vale à pena constar, são extremamente bem sucedidos em suas carreiras curriculares, muito competentes e traduziram esse sucesso em patrimônios e riquezas.
Mas o tempo passava, a idade avançava e nada de a cegonha visita-los, embora a dificuldade da fecundação, isso não os deixava frustrados, pois a medicina não os desabonava, não havia nada de errado com a fertilidade de ambos.
Ah, mas de tanto insistirem foram recompensados finalmente, um garoto saudável nasceu depois de quinze longos anos tentando.
Rafael, olhos castanhos claros levemente esverdeados, assim como os do pai, cabelos lisos e bem pretos idênticos aos da mãe, a boca, lábios bem desenhados, igualzinho ao que o pai queria que fosse, pois era o que mais ele gostava de tocar quando acariciava sua esposa, um bebe como os que vemos nos comerciais de televisão, assim era o pequeno Rafael.
O papai era obcecado por segurança, desta forma, Rafael estava sempre muito bem protegido, como medida de segurança seu pai mantinha sempre uma garrafa de uísque de marca famosa envenenada em sua adega, em um lugar estratégico ele também deixava expostos um recipiente com alguns bombons finos recheados de cianureto, pois ele pensava que se um ladrão invadisse sua residência cairia na tentação de provar senão o uísque ao menos os bombons e seria seu fim, essa era mais uma das milhares de medidas de segurança que sua cabeça julgava necessário, difícil encontra-se alguém que não tenha uma mania absurda, a de ter muita segurança é a do pai de Rafael.
O garoto crescia cercado de mimos, de cuidados e de muito amor e se tornava uma criança educadíssima e amabilíssima, não havia quem não o admirasse, os pais lhe dava todo o conforto possível, ele vivia sob muitos afagos e em ambiente muito saudável.
Papai sempre ganhava muitos beijos e abraços do filhinho às tardes quando chegava do seu trabalho e mamãe também não ficava sem sua cota generosa de carinho, ah que delicia!
Numa daquelas manhãs lindas, papai e mamãe esperavam por um beijo de rafaelzinho antes de saírem para ir trabalhar, tomaram seu café e nada do garoto, resolveram não incomoda-lo e foram para o trabalho sem o costumeiro mimo matinal, achavam que o pequeno príncipe esta ainda dormindo, pois na noite anterior brincou muito, comeu a vontade e foi mais tarde para a cama. Como era de praxe, seus pais iam almoçar em casa com ele, naquele dia estava tudo muito estranho, pois o menino não desceu do quarto para se despedir dos pais quando os mesmo estavam indo para o trabalho, não veio recebê-los para o almoço, sua mãe perguntou para empregada se Rafael estava bem, ela se surpreendeu com a interrogativa da mãe, pois ela se lembrava de que a ultima vez que viu Rafaelzinho havia sido na noite passada, porque depois que o menino foi para cama ela ainda foi dar um jeito nas coisas que ficara espalhadas pela sala a fora. Enquanto papai e mamãe apressou-se a ir ao quarto do menino, papai avistou o pote como os bombons envenenados e notou que estavam mexidos, papai então acelerou seus passos para chegar logo no quarto de Rafaelzinho.
Seu pequeno príncipe foi vitima do projeto de segurança; riqueza, sucesso, felicidade e uma família perfeita, o casal conquistou, mas quis proteger de ladrões o que demorou muito para ter, foi o que perderam mias rápido.
Para que proteger seus bens com veneno se só a vida tem valor.


Autor: José Venuto

quarta-feira, 8 de junho de 2011

MÉDICO DO CORAÇÃO


Médico de coração

Doutor Ari, um medico bondoso e sempre atencioso com seus pacientes, certo dia estava muito feliz por ver os bons resultados em um tratamento que estava desenvolvendo com um de seus pacientes. Sentiu a necessidade de ir até a pequena capela do hospital para orar e agradecer a Deus por estar sendo eficaz com aquele moribundo. Quando chegou à entrada da capela parou e antes de entrar fitou uma garotinha que estava enfrente ao oratório e de longe observava as ações da menina, ela não parecia estar rezando e sim escrevendo. Doutor Ari não entrou enquanto e menina não tivesse concluído o que estava fazendo, assim ele não atrapalharia o momento de inspiração da garotinha. O tempo passou e depois de meia hora esperando na porta de entrada da capela, a menina dobrou seu escrito, deixou-o no pequeno oratório e saiu. Doutor Ari viu a menina passar por ele, percebeu que ela estava com os olhos vermelhos e lacrimejantes, então ele se aproximou do pequeno altar de orações, não dando mais importância para o que ia fazer lá, não agüentou, a curiosidade invadiu seu ser, olhou para os lados, assegurou-se que estava sozinho na capela e pegou o papel no qual a menina havia escrito algo. “Papai do céu, minha mamãe eu não conheci, pois ela se foi no exato dia em que eu cheguei a este mundo, para que eu nascesse ela teve que partir, fato que até hoje eu não consegui entender, também não tive tempo de vir aqui te pedir para deixá-la comigo, mas hoje parece que meu papai também esta de partida, não quero que ele se vá, deixe ele mais tempo comigo, se ele for quem vai cuidar de mim, quem vai me levar na escola, assistir minhas peripécias, quem vai me ensinar a viver? Olha papai do céu, se acaso você ler minha cartinha, vem visitar meu papai, ele esta no 6º andar no quarto 65. Agora eu vou ate lá ficar com ele, pois ele também só tem a mim!” Depois de ter lido, seus olhos pareciam uma cachoeira, devolveu o papel onde estava e tomou o rumo do 6º andar, estava decidido a ir até o quarto de numero 65. Chegando lá não tinha ninguém naquele quarto e viu que a menina estava chorando muito, sentada no chão do corredor. Deixou-a sem perguntar nada e perguntou a uma enfermeira que por ali passava: - Neste quarto havia um paciente, sabe o que aconteceu com ele? A enfermeira respondeu: - Doutor ele foi levado à unidade de desintoxicação, pois chegou aqui altamente embriagado. Doutor Ari se encaminhou ao local e viu que o paciente recobrava a consciência, então tomou a liberdade de contar a ele o que tinha lido na capela. Fez o pai ir até o corredor onde a filha estava se desmanchando em prantos e passou a diante. Levou-o até a capela e o fez ler o bilhetinho que sua filha escreveu para Deus. O pai chorou muito. Naquele momento voltou ao quarto e pediu alta do hospital, pois daquele dia em diante tinha que ser um verdadeiro pai e uma ótima mãe para sua filha.
Depois disso doutor Ari passou a ir todos os dias na capela para abrir os escritos. Num deles estava escrito:” Obrigado papai do céu, pois meu papai não partiu”.


Autor: José Venuto

terça-feira, 7 de junho de 2011



O PREÇO DO EGOÍSMO

Um longo período de estiagem na floresta, já estava deixando todos os animais quase sem comida, até o animal mais feroz, o leão, já não achava mais comida tão fácil assim, acostumado com muita caça e carne à vontade, mas desta vez a natureza estava sendo rigorosa demais com os animais daquele lugar a muito tempo não chovia.
Aos poucos nas lagoas estavam sobrando pequenas poças e muita lama, até peixes estavam escassos.
Um dia, o leão saiu desesperado para caçar, percorreu toda a mata a procura de veados, corsas, cervos ou porcos do mato, mas nada estava ao seu alcance, parecia que todos esses animais teriam desaparecido. Em outros tempos, o rei da floresta dormia boa parte do dia e quando sentia fome, em poucas horas e sem muito esforço já tinha em suas garras comida em abundancia, tanto que os chacais e hienas não precisavam caçar, pois comiam os restos generosos que sobrava de sua caçada. Mas naquele dia ele já estava cansado e nem uma lebre aparecia para que ele matasse sua fome. O imponente animal já estava a quilômetros de sua cova e resolveu voltar, mas num golpe de sorte no caminho de volta para seu espaço da floresta, avistou um javali que comia verme em um tronco podre, o pobre animal que também estava tentando matar sua fome, desatento se tornou presa fácil ao feroz leão que se aproximou subitamente e sem dó nem piedade abocanhou o javali que instantaneamente se tornou o prato do dia daquela fera!
Então o leão estando mais próximo de sua cova resolveu levar sua caça e come-la em seu cantinho preferido e guardar os restos para outro dia de fome, pois o tempo de abundancia já era.
Enquanto arrastava o javali, deixava para traz marcas de sangue do animal, de forma que despertava o faro aguçado de outros animais que viviam esperando para comer restos deixados por grandes caçadores.
Quando o leão estava passando próximo de uma lagoa viu um leão com um javali na boca, ele não percebia que era sua imagem refletida no espelho d água, logo imaginou que se tomasse a carne do outro leão, teria fartura por alguns dias. Assim ele deixou sua caça na beira da lagoa e se jogou naquela poça que era mais lama do que água. De repente ele caiu em si e voltando para fora da lagoa avistou ao longe que os chacais haviam roubado sua caça e cansado por ter se debatido dentro da lama, não tinha mais forças para correr atrás de sua comida!
Olhando novamente para a poça d’água ele se viu só que agora não tinha mais nada em sua boca, estava todo sujo e muito cansado, deixou escapar o que levou o dia inteiro para conquistar por conta do seu egoísmo. Tinha garantido comida para uns dois ou três dias e agora estava de novo com fome e refletiu:
Em tempos de escassez, ele quis ter mais e perdeu o que já tinha. Viu o que não era verdade e acreditou numa ilusão. Era imponente, porem por seu egoísmo e ganância se tornara impotente. Quis ser implacável e fez papel de tolo.
Aprendeu que egoísmo e ganância não somam nada a sua vida, mas sim diminuem e te torna fraco, te jogam na lama, te faz sujo e sem perspectivas de um futuro de triunfos!

Você é assim, egoísta, ganancioso e tolo?


AUTOR: JOSÉ VENUTO

segunda-feira, 6 de junho de 2011


Nunca queira pra você o que não é seu

Há quase dois anos dentro de um lago num bosque maravilhoso, vivia muitas larvas esperando o momento certo da sua metamorfose, mas uma em especial, aliás, um vermezinho feio que com a transformação se tornaria num dos mais belos insetos da natureza, sonhava e fazia planos para seu futuro como libélula, sua prioridade era se acasalar tão logo ocorresse à magia da transformação em seu frágil organismo.
Em um dia ensolarado e faltando alguns dias para chegar à primavera, o momento esperado aconteceu, aquela larvinha sentiu seu corpo transformando-se, se esforçou para alçar uma folha de uma erva acima de onde seria seu último mergulho como verme. Com o esforço desprendido para alcançar seu lugar naquela bela folha verde adormeceu e algumas horas depois acordou com lindas e velozes asas, um corpo esguio e muito forte e um apetite voraz, enquanto esperava suas asas secar sob o calor daquele maravilhoso sol, comia pequenas pétalas das minúsculas flores perto de onde estava.
Já bem satisfeito e com as asas prontas para voar, fez seus primeiros movimentos e deslocando-se com maestria de um lado para outro, euforia de felicidade era o que sentia naquele momento sublime de sua existência. Logo se lembrou de sua meta, viveu quase dois anos como larva dentro das águas claras de um lago e teria mais ou menos cinco anos de vida para aproveitar como libélula, decidiu que a partir daquele instante não perderia mais tempo sonhando e correria, ou seja, voaria para apressar seu futuro, pois poucas libélulas conseguem ver suas larvares se tornarem insetos, pois conseguir se acasalar leva muito tempo e até que isso aconteça, o tempo vai passando, depois que consegue sua larva demora mais ou menos dois anos no processo de metamorfose e, além disso, as libélulas partem para suas aventuras e esquece-se de seus rebentos, com isso passa o seu ciclo de vida e se torna difícil os pais verem seus filhotes fora da água e voando pelos bosques ao lado de coloridas borboletas e outras libélulas lindas e velozes.
Mas o inseto estava disposto a mudar essa sina, isso não ia acontecer com essa libélula, pois quando ainda era larva já traçava sua estratégia baseada no que ouvia de outras libélulas que ia aos galhos e flores do lago onde estava.
Então com rapidez nas asas e muita curiosidade a linda libélula desbravava o bosque colorido que aguardava a chegada da primavera, estação das flores e dos acasalamentos das espécies que viviam naquela região, observando tudo e todos a sua volta, principalmente as libélulas, assim já ia vendo de qual se aproximaria para se acasalar.
Os dias foram passando e as suas estratégias não estavam surtindo o efeito esperado, as libélulas são insetos que estão quase sempre em alta velocidade e aproximação era impossível e as únicas oportunidades para isso eram exatamente quando os insetos repousavam, essa seria a forma ideal, mas as libélulas sabem que seu destino é pré programado pela natureza alias a natureza se encarrega do equilíbrio entre os indivíduos machos e fêmeas da população de cada espécie, exatamente para que haja uma fêmea para cada macho e vice versa, de modo que cada individuo tenha seu parceiro ou parceira para procriação, sendo assim a própria natureza realiza há seu tempo o encontro entre as libélulas para a cópula, mas essa libélula não estava a fim de esperar que a natureza lhe desse o que seria seu, quis contrariar e apressar seu tempo de acasalamento, não quis nem saber de esperar uma fêmea reservada pela natureza, tratou por sua conta própria de encontrar uma bela parceira e mudar o rumo de seu destino.
Num cair de tarde esplendoroso, avistou ao longe uma linda libélula que parecia pairar no ar, viu ali sua chance de se aproximar de uma fêmea, porém aquela libélula não estava reservada para seu acasalamento, pois quando percebeu o perigo já era tarde de mais, porque a libélula que viu pairar no ar estava imóvel, ou seja, presa de asas bem abertas numa armadilha de outro inseto do bosque que também busca sua sobrevida, armando teias para capturar suas presas e naquela tarde poucos meses depois te ter se transformado numa linda libélula foi surpreendida por uma armadilha impiedosa, quis o que não estava reservado para si, não soube valorizar a paciência, desprezou o amadurecimento natural, desperdiçou o vigor da juventude e a beleza recebido do criador, desdenhou de seu destino, quis para si o que estava reservado ao outro.
Fica muito fácil para o inimigo abater-nos se vamos ao ataque sem o devido preparo, somos presas fáceis quando achamos que sozinhos conseguiremos mudarmos o rumo das coisas, se não sabemos usar nossas habilidades para o que estamos predestinados, damos de bandeira a vitória ao inimigo, se quisermos nos apossar de algo que não foi ofertado a nós vamos correr o risco de interromper o caminho natural do nosso já traçado destino, ficamos cegos e vamos de encontro ao abismo certos de que seremos vencedores.

Autor: J. VENUTO

sexta-feira, 3 de junho de 2011

POBRE VIDA RICA


Pobre vida rica

Um homem recebeu por herança uma enorme fortuna e passou a viver no luxo, uma vida que ele nunca havia experimentado nem em seus sonhos mais ousados.
O homem morava só, não tinha ninguém para usufruir de todo aquele luxo junto com ele, além disso, ele não conseguia se adaptar com tanta mordomia, afinal sempre teve uma vida simples e sem muito conforto e essa nova vida estava incomodando a ele.
Pois bem, num certo dia ele resolveu voltar a sua vidinha simples de catador de latinhas e papelões, andar pelas ruas sem se preocupar em administrar tanto dinheiro.
Resolveu que iria doar tudo para as obras sociais da igreja do bairro, afinal ele ainda era bem jovem e não precisava do dinheiro para ser um homem feliz e realizado.
Assim ele fez, procurou a igreja e doou tudo que havia herdado, não ficou com nada. Quiseram prestar uma grande homenagem ao homem de coração generoso, porém com toda sua humildade o bondoso cidadão recusou tal homenagem, pois se estava abrindo mão das pompas do luxo, é porque não queria nenhuma glória para si.
O tempo passou, a igreja cresceu com muito luxo, suas obras sociais foram realizadas e melhorou a vida de muitos, a partir do ato generoso de um anjo quase anônimo, pois poucas pessoas envolvidas com os trabalhos conheceram o doador.
O homem nunca mais foi visto e ninguém o procurou, mas sempre era lembrado nas celebrações mesmo que não soubesse qual era seu verdadeiro nome.
Depois de muitos anos a generosidade daquele homem ainda era lembrada, mas as pessoas que testemunharam esta ação já não estavam mais naquela igreja, novos membros vieram, a vida continuou andando normalmente naquele bairro.
Um dia e muito tempo depois já não conseguindo mais juntar latinhas, vender papelões, o homem já estava velho e com a saúde debilitada, estava vivendo na dependência da caridade alheia, poucas pessoas o ajudava, o pobre homem já não tinha forças e se lembrou de pedir ajuda na igreja onde ele havia sido tão generoso.
Se arrastando e tentando vencer sua fraqueza, procuro um dos membros atuais e pediu ajuda. Para sua surpresa a igreja não o acolheu, deram como resposta que a casa de repouso mantida pela igreja já estava com lotação máximo e não tinha lugar para mais ninguém. Porém um dos fiéis o reconheceu, era um velhinho e contou que não podiam dizer não aquele homem, pois ele era o responsável pela beleza e crescimento do templo. Deram risadas do velhinho, zombaram do catador de papelão, diziam que era insanidade creditar uma obra faraônica a um pobre mendigo.
O velinho se juntou ao moribundo e deixaram o lugar sem dar nenhuma palavra e nunca mais foram vistos naquela igreja tão freqüentada pelas pessoas ricas do bairro!

Autor: Jose Venuto