segunda-feira, 29 de agosto de 2011

VOCÊ TEM RAZÃO OU VAI DAR DESCULPA

                                    
Preciso de uma razão para rezar, estou sentido Deus distante de mim,
Será que minhas falhas e intolerâncias fizeram Deus me abandonar?
Se eu cometo erros, não é Deus quem se afasta de mim, nem me abandona
Mas são sim meus erros que me coloca em rota de fuga de sua presença divina.
Mesmo assim preciso de uma razão para rezar!

Preciso de uma razão que, me encoraje a gritar e faça ecoar a minha voz,
Vejo bebes abandonados em sacos lixo serem salvos antes do ultimo respiro,
Seu grito abafado pelas buzinas de carros na avenida e latidos de cães.
Bebes sob escombros ou carregados pelas enchentes, esperando um milagre.
Mesmo assim preciso de uma razão para gritar!


Preciso de uma razão para ajudar a um amigo a se reerguer na vida,
Ao lado meu vizinho vive a mendigar para que seus filhos tenham o que comer,
Em minha churrasqueira a fumaça do carvão denuncia a picanha ao ponto,
O meu vizinho continua correndo atrás de comida para suas crianças
Mesmo assim preciso de uma razão para ajudar!


Preciso de uma razão para sair de casa e ir para rua fazer alguma coisa
A televisão mostra todos os dias tragédias natural dizimando famílias,
E eu trocando os lustres de vidros transparentes por cristais importado,
A violência nas famílias engrossa as estatísticas enquanto vou para Disney
Mesmo assim preciso de uma razão pra fazer alguma coisa!

 

Preciso de uma razão para chamar o próximo de, meu irmão.
Pois afasto o Divino Deus da minha insignificante presença humana,
Vejo mães que abandonam bebes em lixeiras sem amor ao rebento,
Esbaldo-me de comida nobre e meu vizinho mendiga por seus filhos.
Enquanto a televisão mostra tragédias, eu estou dentro de um cinema,
Mesmo assim preciso de uma razão para chamar meu próximo de irmão.



Preciso de uma razão para amar sem distinção e a todos com medidas iguais,
Mas atravesso a rua ao ver um pedinte encostado num canto qualquer,
Escuto gritos de socorro, mas continuo com o fone do MP3 em meus ouvidos,
Ei psiu, ajude-me a levantar, faço de conta que não é comigo e sigo em frente,
Mesmo assim preciso de bons motivos para amar sem distinção.


O que não preciso é de desculpas para fechar meus olhos e ouvidos,
Dou desculpa que não tenho tempo ou que não posso fazer nada,
Invento desculpas para não sair do lugar e me preocupar com a causa alheia,
Não tenho dinheiro, não tenho vontade, só tenho desculpas pra dar,
Não tem razão suficiente para superar todas as minhas desculpas.
Aprendi a razão de viver, não dando desculpa a quem precisa viver!
                                
Autor: José Venuto

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

CONTATO IMEDIATO

CONTATO IMEDIATO
Antes do anoitecer, o telefona toca insistentemente na casa de uma distinta senhora da sociedade. Ela olhava para o aparelho tocando e resmungava muito, tapava os ouvidos e dizia que não estava disposta a atender ninguém, pois sempre alguém ligava pedindo algum tipo de doação. A cada dez minutos o telefone voltava a chamar deixando a dona da casa cada vez mais irritada, até que ela vai até o aparelho tira-o do gancho e nem chega a levá-lo ao ouvido e recoloca-o novamente no gancho. Isso se repetiu por várias vezes. Foram incontáveis as vezes que o telefone tocou e ela esbravejou. Antes que ela se recolhesse em seu quarto teve a idéia de tirar o telefone do gancho para que ele não tocasse mais, achou a iniciativa brilhante e lamentou não ter pensado nisso a mais tempo, com certeza quem estava ligando encontraria a chamada em tom de ocupado e assim poupava aborrecimentos !
Tomada essa atitude, a senhora foi para seu quarto onde tomou um banho e logo após pegou um livro, um daqueles que a leitura ajuda a relaxar até que o sono chega e nos nocauteia sem cerimônias.

Ela não demorou a pegar no sono, a leitura surtiu o efeito desejado, teve uma noite tranqüila, sonhos agradáveis, até parece que nada havia lhe perturbado durante a noite anterior. Pela manhã se levantou bem antes do horário de costume e de humor renovado preparou um belo café da manhã, foi ao quarto de seu único filho e sua cama estava vazia, parece que o garoto não havia dormido em casa, ele costuma sair bem cedo para trabalhar quando a mãe ainda esta dormindo e saindo do trabalho ele ficava direto na faculdade. Ela sem demonstrar preocupação, voltou a cozinha e tomou seu café da manhã sozinha, imaginando que o filho também se adiantou no horário de costume de sair para o trabalho.

Sua tranqüilidade acabou quanto seu interfone tocou, ela atendeu e permitiu que a pessoa entrasse, logo após a formalidade veio a noticia, socorremos ontem a noite um jovem que havia sido atropelado e abandonado na calçada, levamos ele até um pronto socorro, pois ele estava muito mal, chamava pela mãe, vimos que suas forças estavam se esgotando e sua respiração ficando cada vez mais difícil, porém ele não parava de chamar pela mãe. Foi então que pegamos um celular que ele tinha em seu bolso da jaqueta e localizamos o número editado como sendo de sua residência. Ligamos para cá ontem várias vezes, mas alguém atendia e antes que pudesse nos ouvir colocavam o telefone no gancho. Foram inúmeras vezes nossas tentativas de fazer contato, no entanto como não tivemos sucesso resolvemos buscar outra alternativa, infelizmente quando conseguimos o endereço daqui, já não tínhamos mais o que fazer a não ser esperar o dia amanhecer e chegar ao endereço para dar a noticia que ninguém gosta de dar, o corpo dele esta agora no hospital esperando para ser reconhecido por algum de seus parentes.

Por que se irritar com o telefone? Porque não atender ao menos para saber quem é? Porque não dar uma chance a alguém que quer te falar algo? Reflita!

Autor Jose Venuto


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

TONY & RUDOLF - EPILOGO

EPILOGO

Ao logo do caminho, Tony recordava-se emocionado alguns episódios de sua vida até aquele momento presente, lágrimas desceram de seus olhos ao passar por suas lembranças o momento em que reencontrou Rudolf depois de ter sido negligente com ele na defesa da fronteira. Hoje são amigos e a amizade era tão sólida quanto uma rocha e cada vez mais unidos pelo amor da mesma paixão, a medicina. Tony suspira profundamente, se recompõe e enxugas seu rosto, afinal estava muito próximo de chegar à casa do diretor geral do hospital, o chefe.
Foram recebidos cordialmente pelo diretor e sua esposa e acomodaram-se numa belíssima e confortável sala de estar, onde lhes foram servidos um cálice com um delicioso vinho. Aline apresentou uma leve palidez ao tomar o primeiro gole e queixou-se de mal estar, num ambiente onde havia três médicos, todos tiveram uma preocupação momentânea com a mulher de Rudolf, mas a opinião unanime dos doutores, Aline estava esperando um bebê. Que ótimo momento para este sintoma se manifestar, porque motivou o chefe antecipar o anuncio que só faria no decorrer do jantar, agora seria duas maravilhosas noticias naquela noite esplendorosa.
Sem muitos mistérios, o diretor noticiou que a partir daquele dia, ele estava deixando o comando do hospital e já havia dividido a administração, onde passaria a diretoria para seus dois melhores médicos e amigos de alta confiança, Rudolf e Tony.
Surpresos os dos amigos e suas esposas ficaram totalmente mudos por alguns minutos. Silêncio quebrado pelo chefe, que justificou a decisão tomada, estava oficialmente aposentado, aproveitaria o tempo ocioso para desfrutar com sua esposa, viajar, conhecer novos lugares e pessoas, colocar em prática novos projetos, enfim experimentar viver uma nova realidade, para isso teria que deixar o hospital em mãos comprometidas e responsáveis, pessoas que fariam o melhor para que não se perdesse vidas, nada melhor que dois amigos talentosos e que doam sua dedicação a quem pouco tem esperança.
Uma grande comemoração em família houve naquela noite, um agradecimento ao destino que por motivos insertos fez das diferenças, aliada para uma grande amizade, uniu famílias, salvou vidas e dá alento aos desesperados, colocando sorrisos de alegria onde só havia choro e tristeza, restaurando a saúde em lares destruídos por doenças.
O diretor aposentado passou anos viajando com sua esposa e por onde passavam faziam novos amigos, deixando sempre alguém feliz com a presença de um nobre casal.
Rudolf e Aline se tornaram pais. Todas as férias iam passear no país de origem do médico até que chegou a montar um hospital que dirigia a distância, de forma que usava seus conhecimentos para também ajudar seus compatriotas, afinal, sua pátria nunca havia sido esquecida e fazia parte da sua historia de ser humano vencedor.
Tony e Deborah também tiveram um filho, xodó dos dois lados da família, garotinho experto e saudável a alegria dos pais. Já nasceu com o futuro garantido e ótimos exemplos para incorporar à sua historia, assim como seus pais escreveram ao logo do tempo, assim como a água forma sua calha por entre rochas para seguir seu destino.
Uma historia onde o sofrimento e os traumas foram superados através do perdão mútuo, solidariedade, compaixão e muito amor entre as pessoas!



Autor: José Venuto




segunda-feira, 8 de agosto de 2011

TONY E RUDOLF, INIMIGOS POR ACASO E AMIGOS PARA SEMPRE - 12º CAPITULO

TONY E RUDOLF, INIMIGOS POR ACASO E AMIGOS PARA SEMPRE
Depois de algumas semanas em viagem de lua de mel, Tony e Deborah retornam, na bagagem muita felicidade, novas experiências e vários projetos, inclusive estavam de forças renovadas para vários outros passos importantes que iriam dar na nova vida.
Enquanto Deborah desfazia as malas, Tony fez algumas chamadas telefônicas, falou com o amigo Rudolf, interou-se de como andaram as coisas no hospital durante sua ausência, apesar de estar adorando a companhia da esposa, Tony estava ansioso em voltar a clinicar, queria rever seus amigos, seus pacientes e a sentir o clima que corria nos corredores do hospital, onde construía os alicerces para realizar seus sonhos no futuro.
Depois de todas as coisas nos seus devidos lugares, o casal deixou a casa e foram dar uma volta e, quebrar um pouco a ansiedade de retomar a rotina cotidiana. Visitaram a casa dos pais de Deborah, mostraram fotos que fizeram durante a viagem, deram boas gargalhadas revendo algumas cenas vividas ao logo dos vários passeios. Lugares exóticos, pitorescos e muito divertidos fizeram parte do itinerário, realmente uma viagem extremamente relaxante e divertida ao mesmo tempo, as fotos denunciavam a descontração dos recém casados totalmente apaixonados um pelo outro...
Também foram visitar os pais de Tony, onde repetiram a apresentação das fotos da viagem, como se fosse um mini documentário da rotina vivida na lua de mel.
Como na vida te todos os recém casados, as marcas da felicidade ficam gravadas para sempre, ainda mais quando o sucesso acompanha a trajetória de dois jovens que se uniram pela força que o amor exerce para atrair duas vidas, vidas que cada um deles com suas particularidades e diferenças, vidas de pessoas com opiniões diferentes, mas que juntam tudo que há entre um e outro para formar um casal com tudo em comum a partir do matrimônio que a vida tratou de formalizar com base no amor intenso entre Deborah e Tony !
Na manhã seguinte, passado o êxtase da volta para casa, é hora de trabalhar, Deborah recomeça de onde parou e Tony revê seus pacientes, entre uma consulta e outra os amigos vai até seu consultório para abraçá-lo e desejar-lhe um bom retorno.
No fim daquele dia, Rudolf e Tony foram convidados pelo diretor do hospital a um jantar em sua casa, ele tinha algumas novidades que gostaria de passar aos dois, porém o momento seria especial, teria que ser fora do ambiente de trabalho, por isso sua esposa estava preparando algo diferente para que as esposas tivessem presentes neste jantar.
Ambos aceitaram o convite e imediatamente comunicaram as vossas esposas que, naquela noite se reuniriam na casa do diretor do hospital, se tratava de um convite irrecusável, o assunto do encontro não foi divulgado, por conta disso a curiosidade aguçou a ansiedade dos médicos e também de suas esposas. O jantar estava marcado para 21h15min horas, porém a expectativa por uma surpresa agradável estava nítida nos semblantes de Rudolf e Tony sem saber o que iria acontecer naquela noite de belíssimas estrelas e uma lua de luz prateada.
Com o término do expediente e fora das dependências do hospital, os amigos médicos combinaram de irem juntos ao jantar. Tony se prontificou a passar na casa de Rudolf e apanhá-lo juntamente com a sua esposa, dessa forma usariam um único veículo.
Na hora marcada, Tony e Deborah estavam com seu carro parados à frente da casa de Rudolf e Aline, não demorou muito e o casal chega para se juntar e partirem para a casa do diretor, assim o mistério seria desfeito a poucos metros de distância e poucos instantes.

O que será que virá pela frente?...
Autor: José Venuto

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O SUCESSO SE REPETE - 11º CAPITULO

 O SUCESSO SE REPETE

Aline e Rudolf ainda tinham mais uma semana para desfrutar de sua viagem de lua de mel, porém Deborah e Tony corriam contra o tempo para deixar tudo pronto para o casamento.

Era preocupação em terminar a decoração da casa, lista de convidados, organização da cerimônia e a viagem de lua de mel, local que ainda estava indefinido, pois era grande a duvida do casal.

Do resto Deborah tinha tudo sobre controle e estava cuidando muito bem para que, quando chegasse a hora, o sucesso se repetisse, assim como foi o casamento dos amigos Rudolf e Aline.

O tempo passava e a cada amanhecer faltava menos dias para o casamento de Deborah e Tony, aliás toda a família do casal esperava ansiosamente a chegada deste grande dia, todos torciam muito pela felicidade deles, a historia que os dois estavam vivendo era um perfeito conto de fadas, Deborah, linda, meiga, amável e muito atenciosa com todos, Tony rapaz humilde, sempre bem humorado, educado bom moço e querido por todos, um nasceu para completar o outro e assim formar um casal perfeito.

A semana passou e a lua de mel do casal de amigos chegou ao fim, Rudolf retorna ao hospital e retoma seu atendimento, sua rotina do dia a dia, muito satisfeito e com a felicidade estampada em seu sorriso e em tudo que estivesse fazendo, o doutor era a pessoa mais feliz daquele hospital. Seus pacientes que já eram bem tratados, agora o tratamento estava ainda melhor, o médico irradiava a todos com sua alegria.

Aline também não cabia dentro de si, tamanha era sua felicidade, a vida voltava ao normal, porém com um ingrediente a mais para viver feliz para toda a vida e transmitir essa felicidade a sua volta.

Depois de alguns dias que Rudolf e Aline voltaram da viagem, Deborah e Tony foram visitá-los em sua nova casa, entre um assunto e outro o casal visitante queria mesmo era a ajuda dos recém casados para a organização da cerimônia que estava se aproximando a passos largos, afinal duas semanas passam muito rápido e, a experiência vivida recentemente pelos amigos seria de grande valia neste momento de grande ansiedade, na medida em que o dia do casamento vem chegando, com ele chega também às duvidas.

Aline e Rudolf se colocaram a disposição, estavam dispostos a contribuir com tudo que fosse necessário para que a cerimônia, a viagem de lua de mel se tornasse inesquecível na nova vida dos amigos.

Tudo certo e nos conformes e o grande dia de Deborah e Tony chegou aquele corre-corre, a noiva e seu processo de realçar sua beleza, Tony e suas preocupações com seus pacientes e também seus convidados, a euforia contagiou a todos.

Rudolf se encarregou de cobrir a ausência de Tony no hospital, assim como na época em que ele ficou ausente por canta de seu casamento e viagem de lua de mel, deixando Tony bem tranqüilo para aproveitar ao máximo sua viagem de núpcias.

A igreja toda linda para uma cerimônia digna de um casamento de nobres, tudo que os noivo haviam sonhado corria dentro de uma previsão seguida a risca, parentes e amigos e todos os convidados emocionados, o casal distribuindo belos sorrisos.

Enfim casados, recebem os cumprimentos de todos e dão inicio à festa, ambiente muito agradável, musicas dançantes, comes e bebes a vontade e para todos os gostos, com certeza todos vão sair satisfeitos deste evento, acontecimento inesquecível na vida de duas pessoas que se amam e sonham viverem juntos para sempre um do outro e com os filhos que virão, escrevendo paginas históricas de uma família feliz.

Tony e Deborah iniciam a tradicional valsa e convida todos os presentes a acompanhá-los e todos dançaram em confraternização aos amigos recém casados, o buquê da noiva foi lançado ao ar enquanto a dança acontecia de forma que, tanto homens e mulheres solteiros concorressem ao suvenir que simbolizaria a próxima união, também os casais já casados poderiam fazer parte do sorteio, assim reafirmariam a continuidade de vossa união, praticamente todos os convidados se agitaram em busca do buquê, tudo muito bem organizado e todos esbanjando alegria pelo momento vivido.

No auge da festa, sorrateiramente Deborah e Tony deixam a festa rumo ao aeroporto, eles partiriam para a viagem de lua de mel, passariam quase um mês passeando e se divertindo em um país tropical, desta forma, mais um casal feliz daria inicio a uma trajetória de muito sucesso baseado no amor e na fidelidade.
Autor: José Venuto